Pensando um pouco parti 2 (Ando escrevendo)
Um dia desses eu estava com insônia, então resolvi me desafiar e virar a noite para ver no que iria dar.
Por volta das 04:00hs da manhã, resolvi reescrever uma de minhas estória inacabadas. Vejam o que consegui escrever:
Por volta das 04:00hs da manhã, resolvi reescrever uma de minhas estória inacabadas. Vejam o que consegui escrever:
Prefácio
“A vida é mesmo coisa muito frágil, uma bobagem, uma
irrelevância, diante da eternidade do amor de quem se ama”.
Nando Reis
Os carros passavam com a pressa e o desejo de chegarem rápido
em seus destinos. Os pedestres pareciam usar os mesmos motivos somados com o
medo da madrugada. Apesar disso, Thayla andava em ritmo lento, quase parando.
Os últimos três anos haviam sido de grande choque. A cada dia
uma surpresa a mais, e uma mudança em sua rotina.
Nem mesmo o domínio de seus poderes sem a necessidade do uso de
uma varinha, lhe dava a segurança necessária para seguir em frente e fingir que
está tudo bem. Apesar disso, optou seguir em frente.
Capítulo 01
Tudo havia começado as 04:14 da manhã de uma segunda-feira. Os raios de
sol ainda não haviam começado a surgir e, em seu lugar, haviam nuvens escuras
sendo usadas como pretexto para um dia chuvoso e mais escuro ainda. E era
exatamente isso que tornava o sono de Thayla ainda mais pesado.
Foi o barulho súbito de um raio partindo algo, que acordo em um
pulo. Os lençóis recém-caídos ao chão
atrapalharam o toque direto dos pés com o chão. E fora isso que a impediu de
ter o primeiro choque.
Parado ao lado da janela que ficava no lado direito da cama, estava um
homem alto, magro e de cabelos negros curtos. Tinha os braços cruzados nas
costas e seu rosto não se podia ver por conta da quase total escuridão no
quarto. Disso “quase”, por haver uma fina luz vinda de suas costas. Um ponto
minúsculo devo dizer!
__Quem é você? – Indagou Thayla, incerta e assustada.
__Thayla Asher Swan? – Disse o homem em um tom seco.
__Sim...!!
__Está sendo convocada para ingressar no Exército Mágico Brasileiro.
__O quê?! Quem é você?
__Aparte de hoje, seu tutor.
__Tá! Isso deve ser um sonho e quando eu acordar, tudo sumirá.
Provavelmente nem vou me lembrar dessa bobagem toda!
__Não é bobagem. E se você não aparecer no quartel em cindo dias,
contando de hoje, será procurada e levada a força. Caso isso não aconteça,
prestará explicações ao Supremo Tribunal Bruxo.
__Supremo o que?
__O recado está dado. Volte a dormir.
E com outro estrondo, idêntico ao primeiro, ele desaparecera.
Ter dezoito anos não
era tão fácil como se imagina. Não quando se tem que arcar com as próprias
ações, sem ter alguém para guiá-lo. Ela vivia sozinha em uma kitnet
pequeníssima no litoral da Bahia.
Especificamente em
Porto Seguro.
Era ali que havia
crescido e aprendido a lidar com gente, mas também era onde nunca aprendera o
que era ter uma vida “normal”.
Crescera apenas com o
pai e a irmã mais nova. Viviam apenas com o que um salário podia dar, somado
com o benefício da aposentadoria que seu pai recebia do irmão doente, que
estava internado. Thayla passava pouco tempo em casa e aprendera a se virar
sozinha quando sua mãe começara a demonstrar sinais da doença e seu pai tinha
que passar mais tempo cuidando dela do que das filhas. Com os meses, as coisas
foram piorando.
A família que antes
sempre fora vista como base, aos poucos foi se virando contra eles, restando
uns poucos que ainda os considerava. E quando menos se esperava, os bens
materiais com muito esforço conquistados, foram se perdendo tão rápido como as
horas.
Junto com eles, iam-se
também a alegria de uma pequena família formada por quatro.
Em Janeiro de 2006, ela
se foi.
Deixou para trás um pai
confuso e com medo. E uma menina que não sabia o que fazer.
Não, Thayla não sabia o
que fazer. Não se sabe muito o que fazer, quando se escuta nas madrugadas o seu
pai chorar de saudades e perder o ar vívido de lutar pelas conquistas.
Passaram por maus
momentos desde então. Havia semana que tinham que confiar somente em Deus, por
não saberem se no dia seguinte iriam ter o que comer. Até que Deus se tornou o
único apego de Eduardo.
O café da manhã estava
bom para quem não sabia o que pensar sobre a sua madrugada. Fora um sonho? Ela
não sabia.
Como forma de esquecer
o passado, Thayla se prendera em livros e em sua imaginação tão forte, que
resolveu acreditar nisso. “Sim, fora um sonho!”
E com isso, os cinco dias se passaram sem
novidades. Até que...
__É sua última chance.
Precisa comparecer ao quartel.
__Aih!! Que susto! Não
pode invadir a minha casa assim, sabia? Posso chamar a polícia por isso.
__Não estou brincando.
Se não ir...
__Olha aqui, não sei
quem é você, ou como entrou aqui, mas não acredito em você e é melhor ir embora.
Obs: Se ficou bom, eu não sei! Só sei que é essa a que pretendo enviar a uma editora!
Pensando um pouco parti 2 (Ando escrevendo)
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